A 9ª Sinfonia de Beethoven (Ré menor Op.25), a obra -prima da música erudita.
Pela primeira vez na história da música clássica era inserido um coral no movimento de uma sinfonia.
O texto é uma adaptação do poema de Schiller, Ode à Alegria , concebida pelo próprio Beethoven. Trata-se de uma exaltação dionisíaca da fraternidade universal, um apelo à aliança entre artes irmãs: a poesia e a música.
Sabe-se que ao compor a 9ª Sinfonia, em razão da surdez, Beethoven não podia sequer perceber nuances timbrísticas, estava praticamente surdo.
Acredita-se, entretanto, que àquela altura, o genio não mais necessitava ouvir o que compunha, pois era capaz de "ver" e perceber "padrões estéticos (ou matemáticos)" de sons, uma espécie de animação visual que superava a ideia meramente auditiva.
Segundo consta, na primeira apresentação de sua 9ª sinfonia, estava ele abstraido de tal forma na leitura da partitura (e na construção de “paisagens sonoras”) que não percebeu que estava sendo ovacionado pelo público às suas costas:
Apesar do aplauso ensurdecedor da platéia, ele permanecia em inercia, até que foi tocado no braço por seu auxiliar, volvendo-lhe a atenção para o público, que de pé, o aclamava.
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